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"O Ceifador" é bom mesmo?

  • Rodrigo
  • 1 de jul. de 2017
  • 2 min de leitura

RESENHA : "O CEIFADOR"

"O Ceifador" é o novo romance de Neal Shusterman, escritor de "Fragmentado". Diferente de seus outros livros, "O Ceifador" foi publicado nacionalmente pela Editora Seguinte, no dia 17 de Abril, 5 meses após seu lançamento americano.

Foto por _rcesar_ no Instagram

O primeiro volume de uma trilogia, "O Ceifador" conta a história de um mundo utópico/distópico onde doenças, fome, miséria, desigualdade e até mesmo a morte foram extintas. Os humanos alcançaram a imortalidade, assim aumentando o crescimento populacional. A nova comandante do planeta Terra, por assim dizer, uma inteligência virtual chamada Nimbo-Cúmulo, deixou que criassem a Ceifa, um grupo de homens e mulheres que tinham como missão coletar/matar alguns seres humanos aleatoriamente. Os chamados Ceifadores então, criaram dez mandamentos da Ceifa, e eles teriam de seguir somente essas leis, nenhuma mais!

Citra Terranova e Rowan Damisch são escolhidos inconvenientemente para serem aprendizes do mesmo Ceifador, o Honorável Ceifador Faraday, no qual somente um deles deverá passar no teste final e no fim, virar um verdadeiro Ceifador.

"OS MANDAMENTOS DO CEIFADOR

1.MATARÁS..."

O livro tem uma sinopse que te deixa com um pouco de curiosidade, mas sempre há aquele ditado de que "A curiosidade matou o gato". Me arrisquei a comprar e ler o livro, mesmo sabendo que podia odiar o mesmo. Desde "Jogos Vorazes", toda série de livros tem a mesma base: Um governo autoritário, e escravista, um grupo rebelde a qual a personagem principal deseja se aliar, um triângulo amoroso, e uma guerra prestes a eclodir. O restante da história é problema do autor, mas mesmo assim, os livros ainda costumavam a ter semelhanças.

Não se via mais qualquer série distópica original. O que me despertou curiosidade em "O Ceifador" fora justamente isso. Somente pela sinopse, como dito antes, levantava curiosidade.

Mas no fim, Neal Shusterman acabou me surpreendendo. O livro é incrível, a escrita de Shusterman impressiona pela facilidade e complexidade. O leitor se apaixona por cada palavra, cada parágrafo, uma história original que merece muito mais reconhecimento do público.

"A HUMANIDADE É INOCENTE; A HUMANIDADE É CULPADA. AMBAS AS AFIRMAÇÕES SÃO INEGAVELMENTE VERDADEIRAS"

A cada capitulo havia uma surpresa diferente. As reviravoltas do livro são tão impactantes, o universo tão bem construído, que mesmo que seja narrado em 3° pessoa, você se sente como se fosse o personagem. O livro retrata muito bem a morte, mas também é estranho ler de um jeito sendo que nossa realidade é de um modo totalmente contrário. Uma das melhores partes do livro que eu gostaria de ressaltar é que, a cada começo/fim de capítulo há um texto 'retirado' do diário de algum Ceifador, mostrando o ponto de vista deles sobre a morte e o seu trabalho que a rodeia. Apesar de eles serem os portadores da morte eles também tem sentimentos. Consolam as famílias, repassam a mensagem que os coletados dizem antes do ato, e tentam fazer a morte parecer o mais natural o possível, assim como era na Era da Mortalidade (nosso tempo). O único problema que encontrei foi que achei que a Nimbo-Cúmulo não foi bem explorada nesse primeiro livro, mas acho que esse fator será melhorado nos próximos livros.

5/5 Estrelas

 
 
 

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